A Educação de Jovens e Adultos é uma Educação de totalidade, isto implica dizer que a mesma não é simplesmente uma tendência dualista a qual privilegia mais trata as capacidades mentais (cognitivas) em detrimento das corporais (físicas). É fato que na construção histórica da humanidade muitos acontecimentos marcam a questão dos exercícios físicos como componente essencial para o desenvolvimento humano, em vista de muitos ainda pensarem que a Educação Física Escolar na Educação Física de Jovens e Adultos de nada possa contribuir para tal aspecto. Hoje é notório que a mesma esteja presente em qualquer área de ensino e em qualquer aspecto da vida, seja ele profissional ou não, todos sem exceção não questionam mais sobre os benefícios que a Educação Física exerce sobre o corpo humano. De certa maneira o que antes se tratava de boato agora é fato. É bem sabido que as práticas regulares de exercícios físicos estimulam ainda mais as capacidades mentais e físicas de um individuo ao contrario daqueles que não as praticam, visto que alivia as tensões diárias, proporciona maior disposição para as tarefas do dia-a-dia, proporciona longevidade.
Esta aceitação pela prática da Educação Física de Jovens e Adultos, não é mais utópica, pois as ações do tempo são reais e visíveis de indivíduos para indivíduos, sendo assim o corpo humano independentemente de sua faixa etária não deve permanecer intacto sem movimentação. Percebemos atualmente que as inovações tecnológicas e o conforto moderno criaram novas formas de socialização, com implicações para a vida de todo jovem e adulto, tanto na esfera do trabalho como do lazer os quais vêem substituindo a atividade física pela inatividade física. Com isso, correm o risco de se tornarem ociosas as atividades físicas. As consequências imediatas são a diminuição do trabalho corporal, advindo o sedentarismo e o aparecimento de doenças típicas da sociedade contemporânea como a obesidade, elevada incidência de problemas posturais, entre outros, necessitamos refletir sobre estes fatos os quais estão centrados em valores de "vivência e não apenas de sobrevivência", sendo assim, levar em consideração as manifestações corporais já existentes nos alunos da EJA é trabalhar a cultural corporal de movimentos que possuem, explorando essas vivências como ponto de partida para o planejamento das aulas, tendo sempre o cuidado para não excluir nenhum aluno que apresente ou não maior habilidade motora para essa ou aquela atividade em questão, outro aspecto de relevância para isso diz respeito à comunicação e a forma de contextualização das aulas sempre que possível à utilização de um discurso simples e real com sua vida. A Educação Física na escola não pode ignorar os meios de comunicação e as práticas corporais que elas retratam. Tampouco o imaginário que ajudam a criar. Então caberá à disciplina Educação Física manter um permanente diálogo crítico sobre a mídia, trazendo esse tema para a reflexão dentro do contexto escolar. Neste contexto, surge uma perspectiva que vem somar com esse processo de escolarização, a Educação Física Escolar, a qual possibilita ao seu praticante, o direito de desprender-se das sobrecargas físicas e emocionais, adquiridas durante o dia, proporcionando-lhe a sensação de bem-estar tanto físico quanto emocional, ofertando-lhe também com isso o benefício de um aprendizado menos árduo e mais eficaz, diminuindo assim as barreiras existentes no processo de ensino-aprendizagem.
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